Indiana Franco, sinto a tua falta. De manhã, de dia, de tarde e à noite. De manhã por ter saudades de te ver na quarta carruagem do comboio, sentada naqueles lugares de quatro ao lado da Linda. De dia por sentir a tua falta a cada almoço. Já ninguém vai ao cantinho...À tarde vou sozinha de comboio de volta para casa. À noite por ter saudades de alguém que me faça companhia na carruagem ou em paço d'arcos a beber um café. Tenho saudades tuas, mesmo se tu me comias a comida toda que tenho em casa, mesmo se tu comias um frasco de nutela com os dedos e me punhas na cara. Tem estado sol aqui em Lisboa e só me lembro de quando há 2 anos, naquele almoço Faro/Demoustier, eu decidi atirar me para a agua de calças.
Guardo boas memórias contigo e espero que nunca te afastes demasiado. Espero que me vejas sempre ao pé de ti, espero que penses em mim. Espero que tudo o que tenhamos passado, e digo te, passamos GRANDES momentos juntas, guardes para sempre. Quero que voltes. Não te quero ai ao frio. Quero te em minha casa cheia de dores de período enquanto ouves "ferme les yeux et imagine toi", quero te aqui para me obrigares a ir ao surf, quero ir jantar a casa da tua avó às quartas, quero um ventil teu. Quero um abraço teu. Quero que gozes com os meus textos "dos guardas que estão à porta". Quero que me faças dizer "daqui a um ano vais perceber" e ouvir te a partir a rir a seguir. Quero o que tive, quero te a ti. Não te esqueças de mim, não te esqueças da eugenia, não te esqueças da nadine, não te esqueças até da cuca. Lembra te de quem sempre foi a tua família. Eu amo te minha puta.