31 de janeiro de 2011

Indiiiiiiii

Indiana Franco, sinto a tua falta. De manhã, de dia, de tarde e à noite. De manhã por ter saudades de te ver na quarta carruagem do comboio, sentada naqueles lugares de quatro ao lado da Linda. De dia por sentir a tua falta a cada almoço. Já ninguém vai ao cantinho...À tarde vou sozinha de comboio de volta para casa. À noite por ter saudades de alguém que me faça companhia na carruagem ou em paço d'arcos a beber um café. Tenho saudades tuas, mesmo se tu me comias a comida toda que tenho em casa, mesmo se tu comias um frasco de nutela com os dedos e me punhas na cara. Tem estado sol aqui em Lisboa e só me lembro de quando há 2 anos, naquele almoço Faro/Demoustier, eu decidi atirar me para a agua de calças.
Guardo boas memórias contigo e espero que nunca te afastes demasiado. Espero que me vejas sempre ao pé de ti, espero que penses em mim. Espero que tudo o que tenhamos passado, e digo te, passamos GRANDES momentos juntas, guardes para sempre. Quero que voltes. Não te quero ai ao frio. Quero te em minha casa cheia de dores de período enquanto ouves "ferme les yeux et imagine toi", quero te aqui para me obrigares a ir ao surf, quero ir jantar a casa da tua avó às quartas, quero um ventil teu. Quero um abraço teu. Quero que gozes com os meus textos "dos guardas que estão à porta". Quero que me faças dizer "daqui a um ano vais perceber" e ouvir te a partir a rir a seguir. Quero o que tive, quero te a ti. Não te esqueças de mim, não te esqueças da eugenia, não te esqueças da nadine, não te esqueças até da cuca. Lembra te de quem sempre foi a tua família. Eu amo te minha puta.

27 de janeiro de 2011

Marca no mundo. Mensagem de esperança.

Estou farta de saudades. Sentada em pleno chiado, contemplo a beleza desta cidade. Por muito tempo desejei Nova Iorque, Londres e Califórnia mas após um inverno como este, percebo que Lisboa tem um clima excepcional comparando ao resto do mundo. Estas ruas criam em mim uma satisfação enorme, um bem-estar inimaginável. Sempre que passo por aqui, guardo os mesmo olhos com que olhei para isto pela primeira vez, uns olhos de turista, esfomeados por novidade.
Quero percorrer o mundo, quero conhecer novas culturas que se afastem desta que conheço tão bem. Quero salvar o meu país, quero salvar o meu mundo. Cada vez me sinto mais tentada a novos horizontes. Quero experiência e conhecimento que me inspire mais do que a realidade em que vivo, onde dou tanto valor às coisas mais básicas da vida, aos assunto mais desprezáveis como as saudades.
Planeio a minha vida num minuto, sem certezas, apenas com o intuito de abrir portas a assuntos que se afastem da minha ideia inicial. Acabo o liceu, paro um ano para percorrer o mundo (família, não levem isto a serio), para percorrer África com uma mochila às costas. A aventura sempre foi uma coisa que me despertou a atenção. Desde muito pequena que sonho ser arqueóloga, descobrir um mundo novo com novas verdades e crenças. Sempre me imaginei a percorrer mares e oceanos descobrindo a atlantida.
Hoje penso em tirar jornalismo e ser uma repórter que percorre países e cidades. Seria uma boa forma de aliar a escrita à curiosidade.
Admito que nestes últimos tempos, tenha sido fortemente influenciada pelas minha aulas de inglês que têm tratado de problemas ambientais e de ONG's. Reparo que não sou útil aqui sentada neste banco.
Fico feliz por ponderar mais do que uma alternativa para o futuro. Acho que por enquanto, chega de pensar, chega de adiantar o futuro, chega de expectativas, vou simplesmente viver o dia à dia com especial atenção ao que me rodeia.
Passo a passo caminhando para a  morte. É triste mas é a verdade. Lutamos tanto, preocupamos nos tanto para um dia morrer. Para um dia sermos esquecidos. Como é que as pessoas não fazem por serem lembradas mudando o mundo por iniciativa própria?
A morte é a noção de que só vivemos uma vez, devia de ser um aviso para todas as pessoas. Mas só muito poucas é que percebem que por mais dinheiro que tenhamos, por mais que trabalhemos, por mais que amemos, não deixamos nenhuma marca. Nós existimos porque alguém nos deu uma oportunidade para mostrarmos quem somos e para de alguma maneira deixarmos o nosso carimbo na história.
Façam de vocês uma referência! Um marca da mudança! Uma marca da esperança! Encontrem a cura para a SIDA, tornem a China num país totalmente livre! Mostrem ao mundo o vosso talento! Não o escondam de maneira nenhuma, por mais indiferente que possa parecer... Dispam se! Mostrem ao mundo o vosso corpo, as vossas ideias, a vossa cultura! Acendam a chama da estátua da liberdade! Vão buscar forquilhas, façam uma revolução francesa.
Porque enquanto eu for viva, meus caros, prometo deixar a minha marca.

Uma aula de Alemão

Ela está se a passar comigo, mas tanto como ela, eu também me estou a passar. Nenhuma de nós queria esta situação. Ela quer paz, ela quer deixar de sentir que falhou, porque no final, ela falhou. Eu perdi todo o interesse pela matéria e quando isso acontece, é exclusivamente porque ela falhou.
Não há motivação, não há bases...há apenas 50 minutos noutro universo. Sempre achei que estas aulas não me fizessem bem, mas no final, dá me o tempo que não tenho. Da me tempo para meditar, para escrever, coisas fundamentais que não tenho oportunidade noutros sítios. E esta sala inspira me por ser testemunha de sofrimento. Fez me crescer e assim continuo a crescer, todos os dias em que entro aqui. Muitas memorias, mas hoje guardo um sorriso na cara. Já não há raiva, revolta e lágrimas. Achei que a viagem seria uma boa experiência para mim, mas no final, adquiri mais maturidade não indo à Alemanha. A vida é assim, as expectativas mudam e a nossa visão das coisas evolui. Reconheço que houve muita injustiça, mas foi tudo tão surreal que só me provoca um bem estar enorme por ter sobrevivido a isto tudo. Estou orgulhosa de mim, pela primeira vez na vida.
Fui avisada há cinco minutos, ela mandou me reagir. Mas não há forças nem tempo. Abstraio-me neste texto que escrevo com tanta presa. Talvez na esperança de que ela o apanhe e confisque. Era fundamental que ela percebesse que a minha falta de investimento na matéria, já não é devido ao ressentimento.
Isto é só mais um caso, como a Física e Svt. Matérias que não me dizem nada.
Tenho esperanças de aprender Alemão a fazer o que faço, ouvir em silêncio no canto mais discreto da sala. Acredito que resulte.
Ela é boa professora, consegue dar aulas saindo da rotina. Fazemos teatros todos as semanas, cantamos, comemos especialidades alemãs e recitamos poemas. Mas apesar de todos os esforços, continua a não conseguir cativar me. É triste.

Leonor was machts du? Merda, estou fodida

25 de janeiro de 2011

Perturbação do dia.

Quando por vezes admiramos uma pessoa, reparamos nos detalhes inconscientemente e só quando nos desiludem é que nos lembramos que existem.
É um grupo simpático que já me chamou a atenção pela negativa mas acabei por descobrir coisas boas dentro dele. Passei bons momentos dentro desse grupo, apenas como visitante.O que se passa é que, passei uma semana entre essas personagens e no final da semana, acabei por me desiludir, deparando me com uma realidade que já me tinha sido explicada mas com a qual criei conflitos por ser tão negativa, e por perturbar a minha análise. Vá se lá entender...eu achava que conseguia definir as pessoas exclusivamente pelos seus gestos, pelas suas expressões, pelo tom de voz e tudo mais. Mas pela primeira vez, enganei me. Para que fique bem claro, só uma pessoa é que me desiludiu por ter sido alguém em quem confiei e defendi. Agora pondero um pedido de desculpas a quem contradisse ao defender a culpada. E o resto, só o tempo resolve.
Suporto muita coisa, mas a falsidade mata me.

24 de janeiro de 2011

Viagem.

Ontem viajei até ao fim do mundo. Foi uma viagem demorada. Consegui apanhar boleia do vento e acabei por chegar ao meu destino. Nunca imaginei que o fim do mundo fosse tão fascinante. Prometi ao Deus desse fim do mundo, que não revelava o conteúdo desse local, mas asseguro vos, é uma viagem bastante enriquecedora mesmo que por vezes possa existir alguma tortura mental com intuito de nos desviar da realidade. Eu passei por muito ontem. Enfrentei as maiores tempestades e um frio inimaginável para alcançar o tal sitio. Mas tudo valeu a pena. Foi como uma liana que me permitiu de atravessar o rio com mais energia. Ganhei de facto forças e alegria. O café também ajudou. Mas neste momento, sinto que finalmente, estou a chegar a um fim para depois, começar uma nova etapa. Foi difícil mas sei que vou agradecer até ao resto da minha vida toda a experiência que adquiri. Em águas passadas, também sofri. E hoje estou feliz. Porque tanto sofrimento contribuiu para o meu crescimento. A nostalgia é talvez o sentimento mais difícil de ultrapassar, só o tempo é que pode apagar tal coisa. E o tempo passou, o tempo foge a cada suspiro. Posso não ter nenhuma razão para viver, nenhuma meta a alcançar, posso não parar de olhar para trás, mas neste momento, quero a evolução, quero uma mudança. Quero que o destino me leve até aos confins de um sonho.
Venha a vida, venham os problemas. Estou pronta para lutar, estou pronta para mudar o mundo.

2 de janeiro de 2011

Esperança

Deste ano que passou,
Ficam muitas emoções,
Guardo tudo o que ficou,
Até as mais belas tentações.

Revejo te no mar,
Vai nesta corrente vazante!
Para que amanhã ao luar,
Eu não te veja, meu viajante.

Corre as ondas,
Corre os mares,
Até onde as sondas,
Alcançarem os 3 hectares.

Fica longe do meu ser,
Não quero a nostalgia,
Que me leve a rever,
A nossa bela magia.

Vamos separar as nossas almas,
Dividir os nossos caminhos,
E finalmente bater palmas,
Por estarmos sozinhos.

Não me fales mais,
Não me faças querer voltar,
Já sofri demais,
Com esse teu olhar.

Só quero a paz,
A felicidade,
Não olhando para traz,
Para a nossa irmandade.

Deixa te levar,
Peço te por favor,
Para eu poder estabilizar,
Com um novo amor.

2010/2011

Não comi passas, não pedi desejos para este grande ano que se segue. Este ano quero mudança, quero inovação, quero actividade, quero mais prática do que teoria. Quero rir, quero escrever muito, quero ler mais, quero cantar, mas fundamentalmente, quero tudo o que não tive em 2010. Quero aproveitar cada dia que passa, não quero chorar tanto. Não quero tanto o passado, não quero saudades que me deixem presa a alguém. Quero o presente, quero o futuro. Quero muita felicidade. Quero fazer tudo aquilo que não tive tempo para fazer. Quero pessoas novas na minha vida. Quero dar mais atenção às pessoas que me rodeiam. Quero ter conversas a serio. Quero muitos abraços, muitas recordações. Porque olhando para este ano que passou? Vejo muita coisa, mas ao mesmo tempo não vejo nada. Foi o melhor ano da minha vida mas passou tudo a correr. Ainda ontem me lembro de ter escrito um texto sobre 2010, a falar de Estremoz, a falar da minha passagem de ano. 2010 foi o ano em que mais chorei, em que mais cresci, em que mais me diverti, e em que mais estabilizei as minhas prioridades. Agora resta focar me na vida.
Olhando para 2010, primeira imagem que me vem à cabeça, é aquela tarde de Março, em que mais chorei. Quando soube que não ia à Alemanha. De seguida, relembro o João Sala. Lembro me também de Val Gardenna, uma grande semana. E por fim, relembro os ídolos. Foi um ano desequilibrado com muito cansaço, com muita preguiça, com muitas lágrimas, mas trouxe me experiência. E afinal de contas, a experiência é tudo.