20 de julho de 2010

Apenas uma Historia

Dia 11 de Fevereiro de 2009 decidi escrever isto, sem razões...:

"Porque já nada faz sentido...


Acordei hoje de manhã, parecia ser um dia normal, toca o despertador, não me levanto logo, visto-me, fico 10 minutos a olhar para a minha face reflectida no espelho da casa de banho, desco as escadas, como um iogurte, e deito me um bocado na sala à espera que a minha mãe se despache para me levar a escola. Passa 1 minuto, passam 2, passam 3, passam 4, passam 8, passam 10 até que reagi. Sabia que já ia chegar atrasada portanto agora já podia dizer a minha mãe que como já chego atrasada, não vale a pena ir as aulas o dia todo. Ligo lhe (porque é grátis) mas sem resposta, ouve se o telefone a tocar mas não há reacção lá em cima, ninguém reage, ninguém responde, ninguém atende.

Decido imediatamente de fazer o esforço enorme de subir as escadas e ver o que se passa, chego a porta do quarto, bato a porta, ninguém diz o tradicional "entraa!" mas entro na mesma. Dou um passo, dois passos, cinco passos e quando olho para a cama, não vejo ninguém...Olhei para todos os lados, chamei os (mãe e pai), esperei resposta mas nada...

Lágrimas começam a cair, posso já ter treze anos mas apesar disso, eu também tenho medo. Pego no telemóvel, carteira, maço de tabaco, chaves de casa e corro para a rua, sem destino previsto. A cara já molhada, olhos mais vermelhos que nunca. Depois de correr uns 100 metros, chego a estação de Caxias, onde apanho o comboio para Algés onde apanho por sua vez o eléctrico para a praça da figueira.

Nada foi planeado, as coisas foram se encaixando, fui apanhando tudo o que aparecia, não importava para onde.

Ao sair do eléctrico, atiro me para o meio do chão e ali fico estendida durante um breve tempo. Durante isso, não houve uma única pessoa que me perguntasse se eu estava bem, muitos olharam para o meu estado mas ninguém veio em meu auxílio. É impressionante, os portugueses são vergonhosos. Já mais calma, sentada num banco, recebo uma longa mensagem que dela, apenas isto ficou:

"hoje, quarta feira 11 de Fevereiro, eu e a tua mãe decidimos sair deste pais, sair para nunca mais voltar, tens dinheiro suficiente para o resto da tua vida guardado na primeira gaveta da tua cómoda.."

Nada mais.

13 de julho de 2010

Um ano depois...

Tem piada...comecei a escrever um texto cheio de descrições deste ano que passou. Mas houve um momento em que disse para mim mesma "tu não queres, tu não podes, e tu não precisas". E realmente eu não quero. Eu quero mais uma vez falar do momento sem evocar o passado que é sempre o melhor blá blá blá.
Eu queria festejar o primeiro ano do meu blog, estava mesmo empenhada em fazer um jantar ou assim.. Mas...tive de lutar, tive de ser eu a tentar. E para quê afinal? Acabou. A culpa não é nossa. A culpa é do destino. Nós tentamos mas não deu. Estava tudo contra nós e sinceramente...eu não aguentava mais. Pois que merda era aquela? Amavas me? Desculpa mas eu acho que estivemos este tempo a representar. Eu tentei acreditar que te amava, eu queria que fosse verdade. Mas afinal o que é que eu sei sobre ti? Nada. Para ser sincera eu não me lembro bem da tua cara. Sabes, foi uma má ideia e a culpa em parte pode ter sido minha, por ter tanto a mania das relações. E estava cega, pensei que pudesse resultar.
E o poema...não eras tu, não era para ti. Era para a minha representação de um ser perfeito. E eu quis que fosses esse ser. E digo te mais, eu não estive feliz esta semana, eu tive uma raiva enorme por não puder estar contigo.

Afinal de contas tinhas razão, gostas mais de mim do que eu de ti. Eu tentei, tu tentaste...mas não resultou. E às vezes temos de abandonar o capitulo e passar a outro...esquecendo todas as páginas que podíamos ter vivido.

Agora sim, vamos festejar. Parabéns Indefinido.

8 de julho de 2010

Poema livre.

Foram ilusões,
Foram interrogações
Que nunca tive,
Que nunca quis ter.
Pois descobri que vivo num mundo onde ninguém vive
Mas todos afirmam viver.
E foi em ti que descobri,
O prazer...
O prazer de estar aqui
Dialogando com o teu ser.

Pois a perfeição nunca existiu
no meu mundo...
Mas a verdade é que qualquer defeito sumiu
E que sinto que jamais vou bater no fundo
daquele poço vazio.

A insegurança morreu
pois a cada beijo teu,
sinto me a viajar
pelos reinos do teu olhar.

Escrevi este poema
dia antes de conhecer
e juro te que não era nenhum esquema,
apenas uma razão para viver.

Era mais uma força que me fez acreditar
que ainda há esperança.
E que ainda posso amar,
sem qualquer tolerância.

Pois digo te, amor é uma palavra muito forte,
Mas sei que posso vir a sentir,
sem ter medo da nossa morte,
ou receio de te ver fugir.

Pois meu bem, acredita em nós,
Acredita no que seremos,
e acredita que tão cedo não ficamos sós
e entregues ao que tememos.

Pois sei que este sentimento é correspondido,
vi-o na tua expressão
e arrisco me a dizer que não será perdido,
e que tão cedo não cairemos no chão.

A tua mão agarrou na minha,
com firmeza.
Fazendo me sentir a rainha
e deixando para trás qualquer incerteza.

Nunca te esquecerei,
Quero o teu olhar, os teus lábios, o teu sorriso, o teu abraço.
Pois desta vez sei que não errei,
Por isso meu amor, da me do teu coração um pedaço.

Comecei completamente à deriva, e escrevi o principio em cinco minutos, depois adormeci. Só que na noite seguinte conheci alguém que me fez dar uma razão de ser ao poema. E depois foi só escrever o que sentia.

1 de julho de 2010

Breve introdução ao inicio do verão.

Não vou dizer que já tenho saudades da escola, seria demasiada obsessão. Sei que são só 2 meses e que é VERÃO. Mas que dizer...nunca aproveitamos o presente. E sei que o verão no futuro será muito relembrado. Portanto definitivamente, não direi que já tenho saudades. Mas é a minha família, o liceu francês é uma grande família. Tentarei esquecer o passado e focar me no presente. São dois meses em doze, acho que é de aproveitar.