28 de dezembro de 2017

Corro por aí na ânsia de encontrar um lugar,
Laços que perdurem, que resistam ao tempo.
Chego perto e quero entrar,
Sem que me peçam começo a escavar,
A desvendar as partes mais negras...

Anda, deixa-me entrar,
Vou-te levar para mais perto de ti,
Vou-te aquecer e fazer-te crer que precisas de mim.
Anda, por favor, não preciso que faças o mesmo,
Deixa-te descontrair... Se eu te estiver a tocar,
É porque estou a existir.

15 de dezembro de 2017

Há um ano atrás estava a descarregar as Nove Canções do Lourenço Crespo, e a transbordar de felicidade por ter conhecido a minha futura namorada, o meu Novo Par que eu procurava assiduamente galar. Vinha de um amor tão belo, um respeito incondicional, um companheirismo, um amor quase fraternal, e quando me cruzei com esta nova figura celestial, procurei absorver tudo o que ela era, ouvi-la em longos discursos, aprender o seu mundo, e decidir se era para mim o que me mostrava. Porém, onde é que ela já estava, nos Céus, e o meu corpo é que a levou para lá, meu corpo que encontrou o seu peso no dela, que encontrou o afecto lacunar daquela altura em que se estava a desenvolver. Sentia-me embriagada, a descolar do chão, a deixar-me levar para um lugar de onde não sairia, mas o que é que isso interessava, a ninfa estava a cantar e era tão doce a melodia, só queria encontrar descanso nos seus braços....