25 de julho de 2009

Dificil de advinhar

Ando às voltas, não sei em que pensar porque já pensei tanto que agora me parece impossível. Sinto me vazia, vazia de respostas e cheia de duvidas. Eu errei, sim, admito o erro. Achei que já sabia o suficiente para poder seguir em frente sozinha, mas agora...agora, estou perdida. Não consigo impontar-te do meu pensamento, é como se vivesses na minha mente.
Eu gostava de ser livre mas não consigo, a nostalgia tem vencido tudo. Mas a partir deste preciso momento deixarei de pensar em ti, deixarei mesmo de te falar. Porque eu tentei inúmeras vezes uma reconciliação mas tu fechaste-te na tua concha magoando-me ainda mais. Porra, tu eras aquele seguro, aquela pessoa que ia estar sempre lá. Podiam me virar todos as costas mas tu ias la estar, e, a verdade é que estiveste e que aturaste muita merda. Já me começava a habituar a ti. Já fazias de certa forma parte de mim. Era a ti a quem eu ligava a noite, era por ti que eu arranjava as maiores confusões para que o carregador chegasse à minha cama. Porque podíamos até nem ter um assunto mas eu sentia me bem só por estares alí, do outro lado da linha telefónica. Sei que estou a ser egoísta, sei que eu também te desiludi mas se foi isso que nos afastou tanto então diz me porra! Eu preciso de saber, não aguento mais viver na insegurança de voltar a errar com qualquer outra pessoa ou mesmo contigo. Mas parece que te esqueceste de tudo, acho que as horas ao telefone e as milhares de mensagens não tiveram qualquer importância.
Se calhar tu tens razão, se calhar até sou eu que complico o que é simples mas neste momento, nada está claro.

Só te peço respostas, é só isso que eu te peço.

21 de julho de 2009

Sentimentos perdidos.

Sinto me tão impotente, tenho medo, estou carente...há uma enorme quantidade de emoções a quererem sair cá para fora e se não as deitar rapidamente, acabarei por explodir. Só preciso de alguém com quem o fazer, agora. Quero chorar, quero um abraço, quero conselhos, quero um ouvido, um ombro, um colo, um apoio...estou tão confusa, tenho uma necessidade extrema de deitar tudo cá para fora. Sinto que não estou a conseguir ajudar ninguém, e vejo toda a gente deprimida, desorientada. Mas não consigo, não consigo fazer nada para ajudar, não consigo fazê-las falar, nem mesmo esquecer. Tudo o que consigo é piorar, tudo o que consigo é pensar em mim. Onde é que estão as pessoas quando preciso delas? Só preciso de perceber, perceber o que é que falhou, perceber o que é que se passa e perceber porquê. Tenho milhares de perguntas a fazer, e preciso de respostas, urgentemente. Porque já não aguento mais, não aguento as insónias constantes passadas a delirar. Começo a ficar preocupada comigo, começo a pensar que tenho problemas mentais sérios. Não paro de pensar, pensar e pensar. E já não sei o que pensar, sem respostas é difícil pensar.
Tenho tanto medo...só quero ser normal.

20 de julho de 2009

Mudanças

Porque quando ligamos para as "Mudanças" é porque finalmente chegou o momento tão esperado, aquele em que vamos mudar de casa. Mas isso tudo foi planeado ao pormenor, foi aguardado com a devida paciência, foi previsto.
Outra coisa completamente diferente é quando um belo dia acordamos e vemos que o mundo em que vivíamos mudou. As pessoas mudaram, os hábitos mudaram, as ideias mudaram, tudo mudou sem aviso prévio. E quando isso acontece, temos duas hipóteses: ou nos afeiçoamos a essas mudanças, por mais difíceis que sejam, ou tentamos enfrentá-las.
E foi o que aconteceu, um dia acordei, fiz tudo como habitualmente quando me apercebi que tudo o que eu tinha criado tinha mudado. Tudo o que eu conhecia se tinha tornado em algo que desconhecia completamente. E foram meses nisto, a tentar uma reaproximação quase impossível. E tudo o que eu consegui foi um contacto, um minimo contacto. E desde aí que tudo o que sinto é nostalgia, nostalgia de algo que desapareceu...

Tudo o que tenho a dizer é que a mudança só é boa quando prevista.

18 de julho de 2009

Mais a frente na linha do tempo.

Tenho treze anos, dentro de quarenta dias quatorze.
Desde os três anos que estou no Liceu Francês, uma vida. Vou para letras, vou para o desemprego. Mas sempre me disseram para escolher aquilo que realmente gostava e hoje digo, vou para letras. O meu futuro não é concreto, pensei que talvez pudesse ser professora de francês (se em França ou no Liceu Francês) por toda a admiração que eu tenho pelas mesmas. Seria sem duvida mais exigente na parte da escrita e da compreensão. Por outro lado...dedicar me ao ensino não compensa assim tanto a nível bancário. Também haverá a hipótese de seguir línguas, aperfeiçoar o meu inglês, alemão, português, francês e ainda aprender espanhol para talvez estabilizar uma vida na suíça como tradutora. Mas isso implicaria força de vontade, e por enquanto não me parece que esteja disposta a deixar tudo para trás e recomeçar noutro sitio. Em ultimo caso, há sempre uma pequena alternativa a isto tudo...tirar o curso de medicina e viver bem, sem problemas económicos, vejo bem o exemplo da minha mãe, não faz grande e ganha para alimentar quatro famílias. Não gosto particularmente de operações, mas a pressão do lado materno e mais a influencia da anatomia de grey faz me ponderar essa hipótese. Também há uma porta aberta para gestão, tomar posse da empresa da família era sem duvida mais fácil, nem de um curso precisaria. E no meio disto tudo há também o sonho de uma vida, mas esse não será referido tão cedo. Porque nunca ninguém saberá só quando estiver a acontecer e não duvido que aconteça. É mais que um vicio, é uma paixão mais forte do que qualquer outra coisa. Mas para isso, vou sempre depender de alguém, alguém que esteja disposto a dar me a mão.
É indiferente...quero ter dois filhos gémeos e duas filhas com menos de dois anos de diferença...o resto é sem duvida indiferente.

15 de julho de 2009

Indiferença de uma vida

Um mundo, muitas caras, diferentes ideias...
Estou perdida no meio disto tudo e preciso de me encontrar o quanto antes. Tempo é curto e nunca pára. Mas mesmo sabendo isto tudo, continuamos a desperdiça-lo de tal maneira que não sobra para o aproveitar. Eu queria, eu queria viver só das coisas boas, afastar as más e viver. Mas estou cansada...cansada de não ter aquilo que falta para o poder fazer. Ultimamente não tenho encontrado algo que valha um sorriso. Tudo está distante e eu já nem sei em que acreditar. 

Não me identifico com mais ninguém, já não me adapto ao que me rodeia. Sou estrangeira. Contudo só queria voltar a ser normal. Ser livre, livre de ti. Queria ver a vida como ela é, sem te ver em grande plano. Queria não associar todas as musicas a uma só pessoa. Queria poder pensar noutra coisa que não em ti. É tudo o que eu peço...liberdade. Eras Deusa, ou talvez tenha sido eu a fazer de ti muito mais do que verdadeiramente és. Onde encontrar alguém como tu? Elevaste a fasquia bem alto, onde ninguém chega, nem em bicos dos pés. 

Tenho tentado adaptar me a este novo ambiente, a esta nova vida sem ti, 
Mas para onde ir?

13 de julho de 2009