8 de abril de 2022

Em cada lugar onde amo
O prado mais bonito que foram capaz de pintar.
Ergo-me diante dele e aceito o desafio de o merecer.

À chuva, pés na lama, a certeza de que
Fui eu que levei o sol com o excesso de pressão que acumulei.

Debaixo de cada idealização, a sensação de que há qualquer coisa que a mim me falta,
Por detrás de cada fantasia, a sombra da minha culpa.
Leonor, se alguém se for embora é porque descobriu que tu não serves para ficar.

 

No fundo de mim a mesma angústia,
A presença da ausência de outros que ficaram no passado.
Uma parte que não quer crescer, que mantém o elo que me une aos que já não estão cá
para ser outra coisa para mim.