30 de dezembro de 2010

Um passatempo, um sonho, uma realidade.

I'm happy. Afinal há mesmo esperança! Finalmente tive a prova de que a vida não é assim tão ingrata.Era uma passatempo da RFM, daqueles em que ninguém ganha. E o meu desespero e a minha fome levou me a concorrer. Era um tema que me interessava, consistia em provar que eu sou realmente a maior fã dos idolos, e que merecia estar em Albufeira na final do concurso. O prémio era do meu agrado, estadia com tudo pago e entrada vip na grande final. Escrevi o seguinte:

Muita é a obsessão. Estive presente em todas as galas dos ídolos, todos os domingos. Foram dez domingos! dez domingos em que estava cada vez mais frio, e dez domingos em que estavam cada vez menos concorrentes. Foi difícil de ver alguns partirem. Vi muitas injustiças, votei tanto! Mas no final, afeiçoei me tanto ao ambiente que hoje o considero familiar. Conheço cada câmara man, conheço os porteiros, os produtores, as senhoras do refeitório, as senhoras da maquilhagem, até as empregadas que limpavam as casas de banho. Ao saber que a final era em albufeira, fiquei desolada, pois não teria possibilidades de assistir a essa grande final. Passei então dias a tentar esquecer, porque já que seria impossível de ir para albufeira, então o melhor seria esquecer. Tentei. Mas sempre que pegava no meu ipod, era para ouvir as actuações dos mais variados concorrentes. E relembrei tudo, e voltei a querer ir a Albufeira. Finalmente vejo um braço de luz, uma réstia de uma esperança perdida. E deposito toda a minha fé na RFM. Porque afinal de contas...foram dez domingos até às duas da manhã esperando que concorrentes saíssem. Ao frio, mas com um sorriso na cara. Passei grandes momentos no concurso e tenho pena se não me poder despedir. Afinal de contas, começava a ser uma família para mim.

Tinha um feeling positivo, acreditava que me iam ligar a dizer que venci. E assim foi. Às onze e meia da manhã ligam me a anunciar que era uma das vencedoras.

26 de dezembro de 2010

Aparelho.

Achei que ia ser um grande momento da minha vida. Por tudo o que sofri, por tanto que desejei ver me livre disto. Mas foi uma desilusão. Primeiro porque foi inesperado, intitularam de Surpresa e até de Presente de Natal, mas não teve essa conotação positiva. Foi monótono. A sensação da broca a remover a cola, foi dolorosa, arrepiou me até ao ultimo cabelo. Tantos olhares, tantos sorrisos, tantas expectativas, e eu permanecia séria, indiferente ao que acontecia mas ao mesmo tempo revoltada e curiosa. Ninguém me avisou, achei uma falta de respeito enorme. Eu é que sofri, eu devia saber para me preparar psicologicamente. Mas não soube. E cheguei nessa manhã, ainda cheia de sono, e quando me anunciaram, confesso que estava adormecida. O pior momento foi quando me sentei no carro, sozinha, e olhei para o reflexo, pela primeira vez, estava cheia de curiosidade e quando vi o resultado....foi uma desilusão... Esperava muito mais. Mais tarde soube que foi a pedido da minha mãe que tirei. Eu queria tirar mas já que tinha chegado até aqui, tinha de ser perfeito, e não foi! Não ficou perfeito...

Agora acabou, é como se tudo o que vivi durante estes dois anos e meio não tivesse existido. Será que sofri assim tanto? Já não me lembro. Acabou tudo em quinze minutos.

12 de dezembro de 2010

Um texto.

Sou estranha, tenho delírios, tenho momentos. As pessoas afastam-se, as pessoas têm medo. Não sou regular. Tanto estou bem quando de repente, a vida muda, as perspectivas também.. Gostava de ser estável. Mas não sou. Penso demais, e isso não se trata de uma grande qualidade, isso é um defeito enorme que me abstrai da realidade e me causa uma preguiça enorme. Não estudo porque penso demasiado em coisas vãs. Como é que não se pensa? Como é que se pode ser tão indiferente às circunstâncias da vida? Como é que há pessoas que afirmam não terem problemas? Sou eu que sou diferente?
Reparei que me tomam como uma pessoa triste mas não me conhecem, quando escrevo tenho uma tendência enorme para relatar acontecimentos e/ou sentimentos negativos pois é quando mais sinto, é sobre o que mais penso. E tudo o que escrevo, é como daqueles sacos que nos dão no avião para vomitarmos.. fica bem cheio de pensamentos que me fazem mal.
Hoje estou especialmente feliz, acabei o commentaire de francês que tinha em atraso e estou pronta para re-entrar no ritmo. Sinto me bastante aliviada e pronta para uma ultima semana de aulas. Vou ter saudades do liceu por duas semanas. Pode ser uma prisão, um stress enorme, mas é a minha casa, é onde eu pertenço, é a minha família. O tempo está a passar, o vento sopra com força, o mar está agitado, será difícil de fixar a ancora para tomar uns banhos e animar um bocado... O sol virá.

6 de dezembro de 2010

A letra A resume este momento.

Nunca fiquei tanto tempo sem Pessoa do momento... Passaram o quê? 3 meses? Tenho me avulgado do mundo e hoje vivo num universo diferente onde sonho com a acalmia. Porque de um aplique, passou a um...como é que devo designa lo? Um todo?
Seria fácil de voltar ao mundo apanhando um taxi mas o que é que se passa? É greve de transportes? Não aparece nenhum ou todos os que passam, estão ocupados. Estou então aqui, a ir andando calmamente a pé, na esperança de encontrar um meio mais rápido para alcançar o meu destino, a Felicidade. Abnego do presente. O caminho a pé não é propriamente interessante para ser digno de ser comentado.
Olho então para a frente e chego mesmo a pedir boleia, mas ninguém quer ir para o mesmo destino do que eu, todos procuram a Riqueza. Há até aqueles que nem uma oportunidade me dão, deixam me sozinha na estrada com esta mochila de memórias que há muito transporto. Sinto falta de aportar em ti num abraço interminável.
Emigrei da terra com o intuito de me resguardar de uma catastrofe. Aprumei a minha vida mas atenuei a problemática do regresso. O mundo ia se destruir mas este abrupto acontecimento, abonou a minha decadência. Assemelho me a uma ardina e arfo esperando a achega.

Apartei o anafado arremessando-o e não auferi com esta azáfama. Não fui amistosa mas ele era um amorfo. Agonizo com a azáfama e não consigo aprumar a minha vida. Arfo esperando a achega que me avulgará daquele anta.

2 de dezembro de 2010

Olá

Passo hoje aqui para dar sinais de vida e gritar bem alto que tenho saudades das pessoas mais importantes da minha vida, nomeadas Indiana Franco e João Sala, e também gostaria de dizer que me sinto vazia sem essas mesmas pessoas. Uma delas morreu, a outra fugiu. E fiquei eu aqui, sozinha. E juro...é mesmo assim que eu me sinto, sozinha. De um dia para o outro, senti me abandonada, pela primeira vez na vida. Não há ninguém com quem falar, no sentido em que ninguém me pode perceber. Ainda permaneço no mesmo sitio, esperando novos passageiros e novos rumos. Mas há três meses que espero e ninguém tem parado nesta estação. Alguns descem do comboio por pensarem ter encontrado um abrigo, mas rapidamente percebem que se enganaram e apanham o comboio seguinte. No fundo sou eu, eu afasto as pessoas. Eu bem vi aqueles olhares, eu senti aquele desprezo. Achei que eras tu a minha nova pessoa do momento, mas afastei te a ti também e nesta ultima semana, até tenho tido vergonha de olhar para ti.
Só um olá rápido e distraído.