24 de novembro de 2009

Meu amor

Escreverei para ti meu amor.
Com a mais vasta sinceridade.
Contigo partilharei minha dor.
Direi tudo com honestidade.

Contigo, meu amor, vou viajar,
Pelos reinos do meu pensamento,
E é lá que nos vamos encontrar,
Com um abraço, sem sofrimento.

Meu amor, vem ter comigo aqui,
Para eu nos teus braços me deitar,
Pois tornou se impossível sem ti,
Sem ti, naquelas noites ao luar.

Meu amor, na tua ausência,
A insegurança permanece.
Pois sem a tua opulência,
A tristeza se estabelece.

Oh meu amor, como eu te quero...
Desd'o momento em que te vi.
Dia e noite eu te espero.
Meu amor...meu amor...estou aqui.

Recurso.

Não tenho escrito muito ultimamente. Tenho pensado mais que nunca mas o tempo não me tem permitido de pôr em palavras todos os meus pensamentos.
A noite tem chegado mais cedo e com ela tem trazido duvidas e mais duvidas. Mas que fazer delas? Se nunca vão desaparecer...Só servem para preencher ainda mais a minha mente.
Sinto me tão só neste ambiente de desconfiança e de falsidades alimentado exclusivamente com a ideia de poder e de influência. Onde não me enquadro minimamente. Pois, que mentalidade é esta? Estou tão farta, tão perdida e tão só. Por mais que eu procure, não consigo encontrar ninguém com quem me identifique. Não me consigo concentrar, quando penso, faço o durante horas e não falo com ninguém. Fico deitada a olhar para o nada e a pensar...pensar...pensar. Quando quero parar, surge outro pensamento que me retém. Quem sou eu? Serei normal..? Tenho tanto medo. O que é o medo? Sentimento que sinto permanentemente, mas em que consiste? Não percebo, quero respostas. Quero alguém que me alivie a mente com as palavras certas. Quero um ombro, quero um abraço solidário. Quero um "eu percebo, não estás só, eu estou aqui..." Uma simples frase que espero há muito tempo. Por onde terei de andar para encontrar isto tudo? Pois chega a um ponto em que esta dor se torna quase insuportável e me faz chorar. E a seguir vem aquele acto já antes falado...não voltarei a dizê-lo. Foi um erro, será para sempre um erro.
Por favor, quero uma mão, preciso dela para me levantar. Que angústia.

11 de novembro de 2009

Linhas.

Tempo é representado por uma linha infinita. Imagino-a transparente pois vendo bem...a vida terá uma cor? A vida é uma espécie de camaleão, muda de cor quando muda de ambiente. Um camaleão num ramo de uma árvore, castanho é. Uma pessoa feliz estará mais virada para o azul ou outra cor declarada alegre. Mas que conceito é esse de haver uma cor para cada disposição? Porque é que o Mal é preto e o Bem é branco? Há inúmeras coisas brancas que não são essencialmente o bem: como a neve... a neve também mata, não? E o preto...o mal? Isto começa me a parecer mais uma questão de racismo...os ditos "pretos" aceitaram que a sua cor representasse o Mal? Nós os "brancos" somos tão poderosos, somos o melhor, somos o Bem...?!? E somos também fúteis, e convencidos. Compreendo toda a história da harmonia. É sem duvida uma ideia que defendo mas então era isso? Pretos e Brancos formam uma harmonia perfeita? E os outros ditos..."amarelos" "mulatos" entre outros. Que lhes acontece? Misturam se segundo o tom (escuro ou claro)? Então é isso? Voltámos à lei do mais forte? Tem piada, pensei que isso tinha acabado ou que pelo menos estava muito bem disfarçado nesta sociedade mas afinal... Cada vez que penso descubro mais falhas, mais anomalias que não deviam de existir. Que desilusão.

Mas sim, voltando às ditas "Linhas", existe uma outra linha paralela à precedente. Uma que representa todo um movimento de pensamentos que tal como o tempo, para além de infinito, nunca pára. De que cor será? Depende das pessoas...depende das mentes. Quem o diz? Eu. Quem sou eu? Alguém que pensa? Alguém que existe? Não sei, quem saberá...?

Não consigo, estou mal. Estou numa cor preta? Porquê?