14 de janeiro de 2010

Exemplo??

Quando nascemos alguém nos faz nascer, é aquela pessoa que está la e que nos molda para um futuro promissor.
É sobre essa pessoa que quero falar hoje.
Não deveria ser um exemplo? Não devia admira-la? Ou pelo menos gostar dela? Porque desde pequena que a aceito, que a defendo, mas chegou a um ponto em que...não. Com o seu egoísmo conseguiu magoar toda a família, desde o meu pai ao meu irmão, passando por mim. Quando decidiu só pensar nela e deixar o meu pai, aquele que lhe deu muito. E ficar com um individuo que com todo o respeito, odeio. Trato o melhor do que pior. Cheguei a adora-lo quando não pensava, esse foi o mal, começar a pensar... Mas bom, não é para falar dele que estou aqui. A minha mãe é uma pessoa alterada, perturbada e tem crises de stress. Mas bom, mesmo assim aceito-a de braços abertos pois é minha mãe. Para ela dinheiro é tudo, e pensa que por me dar algum dinheiro de vez em quando eu serei feliz e que me calo. Desculpem la mas eu não sou assim. Eu sinto, eu sofro, eu penso. Neste momento tenho a pior imagem dela, e realmente ela foi um exemplo, UM EXEMPLO DAQUILO QUE NÃO SEREI. Sou tudo menos egoista, desequilibrada? também não, eu penso, eu pondero. Eu odeio confusões, não gosto da mudança.
E já agora, a pergunta que há muito queria fazer: Porque é que eu devo respeito ao Tiago??? Aquele que destruiu o casamento dos meus pais, aquele que todos os dias usa a minha mãe, aproveita o seu dinheiro para viajar, fazer compras, ir a bons restaurantes. Por favor, tirem me deste filme. Tirem me desta casa. Adoptem me!
Por outro lado, tenho pena dela. Não consigo deixar ninguém mal, talvez uma das razões para ainda não ter saído de casa. Eu sofro, mas mais ninguém. E tenho realmente pena da pessoa em que ela se tornou. Como é que uma pessoa pode ser tão diferente da própria mãe? Mas claro, agradeço. Eu gosto de mim, e tudo o que sofri com a minha mãe reflectiu se na minha personalidade. E hoje penso, aprendi depois de tanto chorar, tanto sofrer. É que já disse e volto a repetir, ela é um exemplo daquilo que nunca serei.

A propósito, família...eu fumo.

11 de janeiro de 2010

Qualquer coisa de momento

"Consegues ver me? Estou aqui!
Não! Do outro lado, sou eu!
À tua frente!" e correu
na sua direcção "és meu"
disse ela, "não da sem ti"

Ele olhou e partiu.
E o silencio pesou.
"estou sozinha" repetiu.
"não, ele nunca me amou".

A solidão instalou se,
mais tarde apoderou se
do que se chama mente
e desesperadamente
chorou lágrimas cinzentas
molhadas e muito lentas.

Foi aí que sua alma
a deixou. Abandonada
e sem qualquer calma,
saltou. O que restou? Nada.

9 de janeiro de 2010

Quem és tu?

Preciso de falar, estou com claustrofobia de pensamentos.

Não fiz nada hoje, estive o dia todo sentada aqui e ali a pensar em ti, em tudo. Porque é que tu não podes estar aqui comigo? Eu preciso de ti hoje e amanhã. Preciso de ti de manhã, à tarde e à noite. Por isso, por favor. Fica comigo pois sem ti sinto me desprotegida. Sinto-me perdida sem destino. Pois tu apareceste numa noite e em ti descobri a luz. E peço desculpa se não te esqueço e se te quero a toda a hora. Sabes...a verdade é que eu precisava de um outro vicio. E encontrei-te a ti. Mas por favor, esta distancia está-me a sufocar. Espero-te aqui, todos os dias.

Ano novo, vida nova?

2010, uma entrada em grande neste novo ano. De facto, este ano tem sido uma revelação. Mudei a minha maneira de pensar e deixei de pensar só naquela pessoa, agora tenho novas criaturas que se apoderam do meu pensamento até o consumirem por completo. Fazem-me bem, sem duvida, pois a pureza e a dedicação é tal que é impossível não me render.
Mas bom, como tudo, também já tive alguns momentos menos bons apenas disfarçados por quem la estava.
Quero que aqui fique a promessa de um ano mais feliz, onde tentarei fugir àquelas confusões já tão habituais. Um ano responsável e sério. Continuarei a sonhar com o que não tenho. Mas tentarei evitar as lágrimas e as imensas horas perdidas com delírios. Serei mais normal, mas sempre com as minhas filosofias e palavras de dentro, aquelas que ninguém percebe. Nova musica, Milow comigo neste inicio mas sempre com Secondhand Serenade cá dentro. Prometo também gostar mais de mim, o que inclui ter cuidado comigo e pensar em mim antes de pensar nos outros. Mas sem nunca deixar aqueles que contam comigo. É-me insuportável ver as pessoas a sofrer pois sinto sempre que tenho de ajudar e faz-me sentir mal comigo quando não o consigo fazer.. Quero evitar o ciume, a insegurança e a saudade. Espero não me desiludir, pois deste ano eu espero tudo. É o ano mais esperado.
Em nove dias, só tive um dia não, é um balanço positivo, hein?

7 de janeiro de 2010

SAUDADES.

Saudades: Sentimento nostálgico ligado à memória e à recordação de alguém ou de alguma coisa distante no tempo ou no espaço.

E pois bem, esta é a palavra mais usada em toda a minha vida. Creio não aproveitar bem o presente pois sempre que se torna em passado, as ditas saudades aparecem. De maneira incontrolável, de tal maneira que me ocupa toda a mente. Durante semanas, agarro-me ao que foi e de certa forma culpo me por não ter congelado o momento. Será uma doença? Um vicio? É que não consigo esquecer, penso nesse momento todos os dias a toda a hora. E penso sempre "devias ter..." "se tivesses...". O que é que eu faço? Não consigo parar de pensar. Os meus dias são perfeitos mas há sempre aquela sensação de perda ou de vazio. Quero que o tempo volte. Quero o que foi. Quero aquelas pessoas. Aquele ambiente. Quero tudo o que tive.
Foi perfeito, ou talvez de tanto pensar, tornei o perfeito. As expectativas eram muito baixas, não esperava nada. Pensei até em ficar em casa ou ir para outro sitio. Mas houve um momento em que decidi ir, foi instinto. E até ao ultimo segundo, pensei que não seria nada. Mas foi. Pessoas tão diferentes, que julgava que nem existissem. Talvez tenha criado uma imagem demasiado acima do real. Mas por favor, deixem me acreditar que ainda há pessoas assim.
"Aos olhos da saudade como o mundo é pequeno." Pois as saudades são tantas que faz com que todo o resto não seja nada.