10 de julho de 2018

Hoje entendo a responsabilidade que não estava a querer assumir relativamente à minha vida. Percebo o caminho fácil que escolhera anteriormente, delegando a seres maiores do que eu, a responsabilidade de tornar a minha vida mais Bela. Reconheço a importância de tudo isso e também a falibilidade inevitável desse plano. Basta folhear a minha vida e o insucesso das relações que tentara estabelecer. Mas que a astrologia tenha razão quando diz que foi "necessário" fazer parte dessas relações desequilibradas, pois terá sido através do seu fracasso que eu encontrara a minha vocação, que inevitavelmente se confunde com o que é a minha Luz.
É comum encontrar-se na ideia do Outro um sitio melhor, afinal a ideia vive em nós, e nessa ideia o que reside é a Luz, é portanto importante reforçar que aquilo que de Belo vemos no Outro, está em nós... e ainda bem! Salve-nos sempre esse Belo de deixarmos de crer nas coisas. É portanto comum de nos perdermos nos caminhos espinhosos de Eros, que de tão belos também são maioritariamente ilusórios, porque em toda essa procura nos esquecemos de encontrar o Outro. Aparece-nos no fim da paixão uma pessoa real que não lá está para nos servir... e ainda bem! Afinal há planos mais altos que podemos encontrar na vida, coisas palpáveis que serão úteis ao próximo, mas também a nós. Aprecio muito a Beleza de Vénus, mas como força adjuvante, jamais como parte fulcral da vida. Quem sou eu e onde quero ir têm de ser as interrogações que vão guiando a vida de cada um, e curiosamente é para essas perguntas que a maior parte das pessoas carecem ainda de respostas. Fosse a psicoterapia para todos...

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