18 de março de 2018

Tenho preparado a minha vida na espera de te ver entrar nela, acender a luz e decorar alguns dos domingos aos quais tenho tentado fugir. Nasci a um domingo numa altura em que parece que o Sol se punha mais tarde do que agora em Agosto se põe. Triste dia para se nascer, em que o mundo fica suspenso, em que a azáfama da cidade se recolhe num silêncio lúgubre. Queria passá-los ao teu lado, tu na tua vida e eu na minha, com a certeza de que era a mesma e que não ias a nenhum lado. Estares aqui para eu descansar, não mais procurar o que tanto anseio. Neste mundo louco, quem sou eu? Vitima, como tantos outros, das circunstâncias, e assombrada com a sensação de não fazer parte de nada, de ser eterna passageira de um Tempo que me foi imposto. Viver para mim... Por mim... E para quê? A metafisica pesa-me tanto como pesa à humanidade. A metafisica ou a ausência dela. Passamos a vida a tentar vivê-la nesta dinâmica de competição com o nosso vizinho, mas quando foi que nos desencontrámos dele? E no entanto, nunca fomos tão sedentos da sua aprovação... Tanta pressa de chegar a algum lado, mas que sitio é esse? Que seja o meu e que seja a teu lado. Que seja o Amor e por Amor, que o resto parece-me vão...

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