2 de março de 2018

Fedro

           Que luz é esta que me seduz,
           Que falta é esta que me conduz?

Enquanto Afrodite celebrava no Olimpo,
Penia, a da Falta,
E Poros, o das Artimanhas,
À porta conceberam Eros.

Carente e multiforme nasce o Amor,
Patrocinado por Afrodite aparecera
Este movimento inquieto do Ser Amante,
Por se tornar Amado.

Cocheiro com dois cavalos é a Alma,
Thymus e Hybris ao serviço do Logos,
Correm atrás da Beleza,
Não para a Ter, mas para a Ser.

Assim Socrates, Amante por muitos querido,
Fala das Almas que nascem singulares,
Que nunca esqueceram a Beleza,
Que noutra vida conheceram.

Mas é quando o Amante nos braços do Amado,
Se confunde na luz, que do Eros nasce
A mais alta e desejada,
Philia.










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