16 de janeiro de 2018

Sou uma incapaz,
Por não me saber capaz.

Sigo pela rua a armadilhar o meu ego,
A fechar conclusões negativas.

A minha flor é decerto a mais bem regada,
Mas caralho de flor que vai morrer.
E todas aquelas horas terão sido em pról de quê?
Que falta é esta?

Eterna procura por aquilo que sou,
Pelo calor que o dia em que acordar me der,
E me faz esquecer do que quero ser,
Daquilo em que me quero tornar.

Não estás aqui para me salvar,
E eu não estou se não a regar,
Uma flor que não tardará a murchar.

Herdei por engano uma falta,
E vivo debruçada sobre uma quimer(d)a,
De que sou mais alta,
De que vivo apenas à tua espera,
À espera daquilo que me falta,
Daquilo que acho que me fará mais alta.

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