4 de janeiro de 2018

Estive toda a vida procurando um lugar de amor. Descobri algumas casas onde entravam alguns raios de sol por entre os estores e aqueciam tão docemente o meu corpo. Até vir a noite e ter de partir sem o sol a doirar o meu caminho. Não pertencia a lado nenhum, estava sempre de partida, e achava que Ser para mim, era Não Ser para ninguém. Era estar sozinha sem ninguém a testemunhar o que era a minha existência. Alguém tinha de andar ao meu lado, alguém tinha de ouvir os meus lamentos, eu tinha de existir nalgum sitio. A melhor forma de existir para os outros, é aquecendo-os sem nada pedir em troca. Envolvê-los bem forte e não lhes cobrar pelo mesmo abraço. Fazê-los crer que de nós precisam.
Assim sempre foi, e que me importa se não me agarravam da mesma forma? Que importa se quiseram quem lhes fazia mal, se o que era para elas era real? Era todos os dias calor, todos os dias amor. E para mim, uma razão para viver...

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