7 de maio de 2014

A eterna dor de cabeça, quem sou eu? A procura incessante de me definir enquanto individualidade, de encontrar uma massa consistente que vá para além do meu corpo, uma substância inteligível que não sofra mutações temporais. Perdi-me há quatro meses, perdi-me há cinco minutos. Sou aquilo que desejo, corro geralmente com uma meta, todavia, não consigo distinguir aquilo que vale a pena, daquilo que será apenas um grito de prazer. 

Tudo morre, tudo passa, o constante coro que ecoa ao meu ouvido... Recordações, histórias, vivências, para contar a quem? Àquele que também morrerá? Não, não acredito mais neste mundo. Estou cansada de agarrar aquilo que vai partir, de lutar por algo que não ficará mais de cinco minutos nas minhas mãos. 

Vá, vamos embora, vamos dançar, ouvi dizer que há uma festa hoje. Misturemos-nos entre eles, entre aqueles que não esperam nada, a sério, não sejas snob, sabes perfeitamente que de certa forma eles têm razão, vá, fecha os olhos e dança! 

Amanhã logo se vê...

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