15 de dezembro de 2013

Quando aqueles dias, aquelas datas que sabíamos de cor, aquela sequência tão tangível, aquela história tantas vezes narrada, aquele sentimento tão fortemente sentido, se transformam em neblina.
Para onde fui?
Dou por mim perdida entre datas e acontecimentos que esqueci, dou por mim a cheirar um perfume que já não suscita nada em mim. Amei, recordei, e um dia tudo parece exterior ao que sou hoje.
A saudade já não mora em mim, porque haveria de ter saudades de algo que não sinto que vivi? De uma história que me foi contada, de algo estrangeiro a mim... Sempre vivi projectada no futuro, correndo atrás de uma utopia, e sempre ansiei para que os dias passassem, e me levassem até lá, até à utopia.
E hoje, ela está aqui, tenho-a nas mãos.

Mas,

tic tac
tic tac 

O ponteiro avança prontamente rumo ao fim....

Tornei-me naquela que sempre desprezei,
Limpa, lúcida,
Constante.

Tenho sede do infinito.




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