Levar-te-ei a ver o mar,
E tu sorrirás ao vê-lo,
Sorrio ao imaginar,
E colo neste desejo um selo.
Envio-o para o outro lado do mundo,
E espero impacientemente...
Pedi-te a ti por um segundo,
Pedi beijar-te ardentemente,
Mil e um sonhos dentro de mim,
Mil e um sonhos por ti!
Ai (suspiro) porque sonho tanto?
Porque é que gosto de rastejar?
Depois admiro-me do pranto,
Que estou constantemente a cantar...
Ai meu amor, é por ti, és tu!
Desta vez é real, é amor,
E eis o meu corpo doente e nu,
Diante de ti e ao teu dispor!
Tigre de jaula, meu pássaro celestial,
Arranha-me com as tuas garras,
Que eu preciso do mal,
Que sinto quando não me agarras!
Larga-me! Não quero o que me abraça,
Porque me estás a agarrar?
Assim a vontade é escassa,
De correr e de rastejar!
Amo-te, musa inacessível,
Fonte de inspiração lunar,
Enquanto fores inatingível,
Levar-te-ei a ver o mar.
{E quando o virmos; tudo morrerá...
Serás apenas uma pedra da calçada,
Que todo o mundo, sem pena, pisará,
E toda a ida a ver o mar.... não valerá nada..]
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