6 de março de 2013

Buraco

Penso em ti. Penso com carinho, no quanto te amei, no quanto me fizeste crescer. Penso em ti. Penso para não pensar nela, no quanto a amo, no quanto ela me fará crescer. Porque o tempo passou, porque o nome mudou, mas a intensidade permaneceu. Amor, penso em ti, fecho os olhos, procuro-te, procuro aquilo que um dia vi em ti, e de repente....não há nada. Amor, não te querendo desvalorizar, que delírio foi este que vivi durante 7 meses? Guardo algumas imagens, desfocadas, da ultima semana, o resto sumiu, tudo existe apenas pela junção de palavras que me lembro de ter usado para relatar a nossa história... Nossa? Fui mesmo eu que a vivi? Não a terei imaginado? Sinto-me louca, sinto que acordei de um sonho do qual são escassas as memórias... Só pode ser um erro, o presente não tem fronteira com o passado, pois em nenhuma altura se ligam, o presente existe sem o passado, por uma vez, renasci, por uma vez, esqueci. E não será muito cedo para usar o verbo "esquecer"? Não será muito cedo para usar o verbo "amar"? Estou em constante sofrimento, a intensidade guardou o seu grau nestes últimos 4 anos, nunca deixei de sentir, nunca deixei de sofrer, nunca deixei de errar. Repeti vezes sem conta os mesmos erros, e cai tantas mais neste buraco, no mesmo buraco. Sinto-me tão bem, porém, uma voz diz-me que me estou a precipitar, e outra diz-me que tenho de correr, porque vou morrer, porque um dia deixará de haver tempo...
Será que é uma fase? Será que estou a forçar algo? A querer substituir aquilo que não se substitui? Será que vou acordar? Fica comigo, abraça-me, faz disto uma realidade, faz de nós uma certeza. Da-me mais, alimenta o meu sonho, alimenta-o porque sabes que doeu, porque sabes que preciso disto, fá-lo por mim, e fá-lo por ti. Fica comigo para que por uma vez seja verdade. Estou louca, não és tu, não é ela, é o sentimento, é o sofrimento, é este buraco, o mesmo buraco.

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