26 de outubro de 2012

kjdlak.,sjnfmc

Como é que eu cheguei até aqui? Nunca achei que fosse real, e no entanto agora tenho a certeza. A culpa foi minha, deixei me envolver, fui fraca, achei piada à ideia, na verdade sempre achei piada e não sei porquê, era suposto evitar, era suposto ignorar, talvez se nunca tivesse acontecido aquilo nunca estaria onde estou. Nunca estaria aqui em pé diante deste abismo e pronta para saltar, pronta para expor o interior do meu corpo esmagado no chão, e o sangue e a minha impotência. Isto significa que nunca mais serei a mesma, nunca mais. Nunca mais, nunca mais. Que merda, porquê? porque é que fui tão vulnerável? Não há volta a dar, já está, este texto está a ser escrito, é a prova de que está a acontecer. Felizmente ele ficou para trás, quase três anos depois, consegui largá-lo, consegui seguir em frente, e sei hoje que nunca mais vou andar para trás, porque o desprezo, porque não chego a ter pena dele, porque ele está velho, porque eu o envelheci com a minha mente, porque ele viveu anos dentro dela... Largar, é tão bom fazê-lo e é tão chato quando o outro não faz o mesmo, não te deixa andar e leva-te a olhar para ele para confirmar que larga as amarras. Que porcaria de sentimento, que nojo, este nó, esta ambiguidade, estes dilemas...a paz não existe, pelo menos não no meu dicionário...a minha mente está em eterna pesquisa, é uma máquina que roda tão rápido que às vezes não consigo perceber aquilo que ela me diz.

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