5 de março de 2012

Inverno infernal.

A caxemira gasta sobre o meu corpo,
A madeira rugosa na chama ardente,
O olhar vazio de um peso já morto;
Isento de alma e isento da sua mente.

Há uma imagem querendo-se formar,
Estranha e distante naquela neblina...
Uma noite fria que não quer acabar,
Marcada por uma dor profunda e fina.

A agua apaga aquele fogo,
A brisa traz a geada que se instala,
No exterior ouve-se o uivar de um lobo,
E a tua essência paira na sala.

Congelei na noite em que te foste embora,
Por isso vai! Foge! Deixa-me respirar,
Evapora-te da minha memória!
Eu arfo, eu perco-me apenas por te amar.

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