5 de março de 2012

Confissão que nunca fiz

O sangue escorre pelo chão,
Espesso, quente e escuro,
Avançando como a lava de um vulcão,
Atravessando um muro.

Salta todas as barreiras,
Destruindo tudo o que passa,
Derretendo as mais diversas mangueiras,
Criando grande fumaça.

As queimaduras aumentam
Desmesuradamente em mim;
O calor, o suor se acumulavam,
Numa triste noite sem fim.

A luz do dia tardava
A chegar, o tempo estagnou,
Com a distância que nos apartava,
Da vida que alguém criou.

Chega de falsos sorrisos,
Perdidos entre lágrimas...
Chega de doces e chega de narcisos,
Esquecidos entre rimas...

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