23 de janeiro de 2012

Meu querido,

Desde o verão que te vejo como um sol que me aquece e que me reconforta. És a luz ao fundo do túnel, das-me a esperança que pensei ter perdido. És tão apelativo, o teu sorriso, os teus olhos... Não sei como dizer-te isto sem que tenhas medo ou te sintas pressionado. A verdade é que nunca foste visto como aquele que serviria para esquecer o antigo. Tu foste a mudança, foste a prova de que era possível voltar a amar. E tens razão, eu não te amo, mas sei que facilmente te poderia amar, basta deixares-me entrar.
Sei que não é fácil estar a meu lado, sei que sou conflituosa e complexa, mas tens de perceber que tudo isso nasceu da insegurança. Tenho medo dos teus pensamentos e não sei como reagir à incerteza. Tu és tão fechado, tão inacessível. Não consigo ler o teu pensamento e isso motiva-me mas ao mesmo tempo enche-me de insegurança.
Fala comigo, diz-me qualquer coisa... Não quero mais do que tu quiseres. Afinal de contas, eu não te amo, eu admiro-te.
Estou farta de perder, tenho lutado tanto ultimamente mas curiosamente as minhas forças nunca chegam para conquistar o objecto visado. Dou tudo e volto sem nada... É difícil arranjar motivação, é difícil não baixar os braços... Será que vale a pena?
Preciso de um abraço teu.

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