24 de agosto de 2011

Fruto Podre

Estou a ser injusta, sem dúvida. Após ter comido um fruto podre mas muito saboroso, sabendo que não seria aconselhável, vomitei e isso causou me um enjoou perpetuo. E o que é que eu fiz? Culpei o fruto por estar podre, como se a culpa não tivesse sido minha... Mas a verdade é que voltei a cair nesse erro de comer o resto desse fruto que por sinal estaria ainda mais podre. Desta vez já estava a par das consequências mas porra, não resisti em dar lhe uma segunda oportunidade! E não foi que voltei a vomitar! Sempre me disseram que à terceira é de vez mas bastaram duas vezes para perceber que jamais comeria tal fruto proibido. E continuo enjoada sempre que penso nele ou sempre que o vejo. Alias, deixei de ter o apreço que tinha por ele. Passei a apontar-lhe mil e um defeitos que anteriormente o amor não me deixava ver. Sempre que ouço o seu nome, sempre que vejo a sua árvore, sempre que sinto o seu perfume, sou consumida por um mal estar excessivo.
Mandei cortar todas as árvores do meu jardim e no lugar delas, mandei plantar outras com a intenção de renovar os ares.
Resta-me apagar o seu nome do meu dicionário e esquecer a sua imagem feia e decadente. Porque afinal de contas, não há nada a fazer...ele ficará para sempre na minha memória como sendo o Fruto Podre.

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