18 de outubro de 2010

Um amor

Nunca soube o significado,
Nunca olhei para quem não tem telhado,
E nunca realizei que tinha tudo,
Sem sequer olhar para um mudo.

Atravesso a rua para ver o mar,
Todas as noites aprecio o luar,
Guardando em mim uma indiferença,
Pois sempre tive comida na despensa.

Quis mudar o mundo com palavras,
Mas jamais percebi o que receavas.
Hoje vejo que não tens tempo para ler
Porque não paras de emagrecer

Então quis mudar o mundo com o acto.
Parando de ligar ao abstracto,
Mas não era só fome que tinhas...
Um futuro, era só o que pedias.

O teu pedido foi rejeitado,
Pois ao meu ver só me tens usado.
Soltarei o cabo que nos liga...
Serei apenas tua amiga...

1 comentário:

Christina G disse...

"As silabas matam me tanto" <- gosto muito


(afinal comentei...)