12 de março de 2019

Nunca louvei também quem me espera
Ver entrar pela vida dele e me abraçar.
Nunca louvei quem tão bem me quer amar,
Envolver depois do temporal.

É verdade que o barco quase afundou
E que o pai terá naufragado, e eu terei
Todavia sobrevivido ao leme, rumo
A um porto que nunca terá chegado

É verdade que no espaço do marinheiro
Nasceu o meu talento em aprender sozinha
A ler as estrelas, a criar novos caminhos,
Nesse espaço nasci eu à deriva.

Que importa o que foi e não outra
Coisa mais será... Que importa
Se não se esqueceu, e se tão bem marca
O que de tão bom também o meu corpo terá.

Espaço criativo para ser o que sou
Apenas por ter de simplesmente ser,
Por no espaço do que era suposto
Existir somente aquilo que É.

Sem comentários: