2 de outubro de 2018

Eros, peço-te enquanto é tempo,
Que não atices os meus cavalos
Bravos, na tua direção.
Eros, ouve-me com atenção,

Eu sei que mereço a tua Luz,
Mas ela sempre me desviou do caminho,
Ou terá sido tua mãe, Penia,
a da Falta, que prai me empurrou?

Promete-me que não me levarás para aquela
Floresta, onde as mulheres estão nuas,
e se penteiam junto dos lagos, promete-me
Que elas não me vão agarrar e acarinhar,

Se assim for Eros, tu sabes que vou
Querer adormecer e saborear,
Dos braços que não tive para me agarrar,
Adormecer no Conforto daquele Não Lugar.

Não Eros, por favor! ainda não me julgo capaz,
Deixa-me continuar a receber de longe a tua Beleza,
De forma a me precaver de me queimar,
E adormecer em vez de me levantar...

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