13 de julho de 2013

4 Anos.

É incrível o quanto cresci nestes últimos quatro anos, e é incrível como o meu crescimento se reflecte neste blog. Todos os momentos chave estão registados algures por aqui. Todos os meus amores e desamores, as minhas dúvidas, as minhas mágoas, as minhas crises, as minhas reflexões, os meus delírios, os meus gritos e suspiros, os meus dilemas.... Tudo se reflecte aqui, e já não sou a mesma que criou este blog, já não sou a rapariga frágil que procurava atenção, e que usou a escrita para o fazer. Tão rápido tudo ganhou outra dimensão, e já não era atenção que queria, mas uma vocação. E depois a escrita como libertação, então porque não escrever num diário? Queria que eles vissem o meu sofrimento reflectido nestas linhas, queria que deles surgisse a compaixão e o desejo de me ter. Mas quem deseja aquilo que já tem na mão? Tantos sujeitos, tantas caras diferentes, o João Sala que monopolizou tudo, assim como aquela pessoa sem nome (que por acaso deixei registado neste blog). Tudo passou por aqui, desde crises de identidade, conflitos familiares, inseguranças, males de amor, amizades fragilizadas, viagens adiadas, amores perdidos, esperanças efémeras, raios de luz nas trevas, saudades, delírios, momentos de felicidade extrema, e o declínio outra vez, orientações contestadas, a descoberta do amor onde não deveria existir, a mágoa de um não, a desesperança, a vontade de morrer, a despedida, a viagem da minha vida, e de novo a esperança, um ser terrestre que fiz divino, a sede de alcançar aquilo que não estava ao alcance de ninguém, o rastejo, a adrenalina, e a consciencialização, uma nova esperança, uma nova ilusão, e a recaída, a mágoa, e finalmente a felicidade concreta e estável.  
Foram quatro anos que nem sei como resumir, quatro anos de altos e baixos, mas quatro anos cheios de palavras e de emoções. Já não sou a mesma, é certo, mas nunca deixei de sentir com a mesma intensidade com que outrora sentira. E estou tão feliz de nunca ter tido uma vida estável, e nesse aspecto, a instabilidade fora induzida pela escrita, pois procurei muitas vezes a mágoa a fim de colher palavras. E foi então que aprendi a arriscar, e a cair, e a lutar, e a rastejar, e a arfar, e a viver. Porque no fundo, o que é a vida sem estes momentos? Por muito que sofras, é deles que te vais lembrar quando estiveres para morrer, e são eles que dão ímpeto à felicidade. Estou plenamente satisfeita com estes 4 anos, com as 13 162 visitas, com os milhares de comentários, tanto os que ficaram aqui gravados como aqueles que me foram ditos, e muitos deles esquecidos.
Sou uma pessoa realizada, que há quatro anos que partilha algo, ainda que por vezes pouco prestigioso, sinto-me viva ao fazê-lo e sinto que em cada palavra que deixo, é menos uma que guardei, de forma egoísta, para mim.

Parabéns Indefinido, que venham muitos mais!

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