11 de fevereiro de 2013

O corpo a falar

Antes de te conhecer nunca tinha estado realmente doente, que coincidência coincidir sempre com o meu estado de espírito, que coincidência ser sempre em momentos difíceis. Com ele isto não acontecia, por isso acho que está na altura de te largar, pois já doeu demasiado, já destruíste demasiado em mim. Tu és a causa disto tudo, das dores de cabeça, do chorar continuo e sem razão, do frio, da falta de energia, do não-acordar de manhã. Trazes-me o mal e eu não posso fazer nada para o combater, levo com tudo em cima sem me queixar, porque és tu, porque é por ti. Mas tu não me ajudas, vês-me estendida no chão e nem paras, mas será que me vês realmente? Se calhar o problema é esse, é tu não me veres... É estares tão hipnotizada por outra cara que não vês a minha, e magoas-me talvez sem intenção... Magoas-me sem que te apercebas... Porque é que te arranjo sempre desculpas? Fazes-me tanto mal e eu continuo a desculpar-te e a idealizar-te... Passei a noite toda com febre a repetir a primeira frase deste texto "antes de te conhecer nunca tinha estado realmente doente", passei a noite toda a dizer o teu nome, alternando de frio a calor, quis expulsar-te, quis largar-te, pois doía tanto...
És o mal que há em mim, e por vezes exprimes-te fisicamente, o meu corpo fala pela minha mente, e entrego-me à doença, e sinto-te mais próxima, e peço o teu auxilio sem o verbalizar, espero que adivinhes, que me vejas a sofrer, e que acabes com o meu sofrimento... Vai-te embora! Por muito que me custe dizê-lo, eu preciso que te vás embora, eu preciso de ser feliz e estável e saudável... Vai-te embora amor, eu não posso mais sofrer por ti...

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