3 de fevereiro de 2013

E continua a passar,
Horas sofríveis e inúteis
Que ainda não são as certas,
Que ainda me deixam dormir,
Ainda não é a hora,
Estou de férias...
Estou esperando que o tempo passe,
Para de seguida pará-lo,
Para não o deixar passar.

Ai relógio, avança para aquele dia,
Pois todos os outros são acessórios,
Não quero mais férias,
Não quero mais nada.

Quero quem quero sem querer,
Quero quem quero sem que o consciente aprove...

E arfo como só arfei por ele.
No entanto o pronome não é o mesmo,
É um novo que aumenta o que não podia ser aumentado.

Não me queres por eu te querer tanto,
Não me queres porque já não é tempo.

Porém o vidro da minha alma diz que te amo,
Mostra um sentimento tão real,
Tão sombrio, tão avassalador,
Tão inocentemente corrompido,
Tão forçadamente genuíno,
Tão abstractamente concreto.

Diz-me que não, direi sempre que sim,
Irei até ao fim do mundo sem ir,
Procurarei alimentar o que já morreu,
Procurarei o sucesso apagado,
Sem jamais procurar outra cara,
Outro sorriso, outro nome.

E afasta-me que eu voltarei,
A espiral não se quebrará,
Estarei eternamente nela,
Amar-te-ei sem fim,
Até quando achar o contrário...

Porque és tu, será sempre o teu nome, a nossa história, a minha frustração...

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