Sou eu que rastejo atrás de ti,
Que me penteio, que me pinto,
Para que olhes para mim,
Para que sintas aquilo que sinto.
Sou eu a fraca que te amo,
Que luto sem esperança,
Que insisto, que te chamo,
Que desequilibro a balança.
Sou eu que me dispo,
Expondo defeitos e afins,
Sou eu que me constipo,
Não aceitando os fins.
Mesmo assim esqueço a paixão,
Dou o braço a torcer,
"Aceito" o não,
E prefiro apenas a amizade ter.
Mas não me deixas avançar,
Relembras-me do meu amor,
Como é que isto pode sarar?
Se continuas a acentuar a dor?
Mas serei eu a fraca?
Mudei a minha vida,
Após cada ressaca,
Vinha outra vez a bebida.
Virei tudo do avesso,
Dei-te tudo, acreditei,
E agora sou eu que padeço,
Mas que ainda não larguei,
Porque eu tive medo,
Mas superei-o por ti,
E não sei se é tarde ou cedo,
Para te dizer que não desisti...
Foste tu que fugiste,
Quando tudo aquecia,
Foste tu que me pediste,
Para pensar naquilo que queria.
E eu pensei, e eu quis,
E eu lutei, e eu fiz,
E eu amei, e eu fui infeliz...
E tu fugiste, com o teu receio,
E tu desististe, deixando tudo a meio,
E tu caíste, no teu próprio devaneio.
Sem comentários:
Enviar um comentário