Escuro, nem um raio de luz,
Ausência total de claridade,
Não acredito que supôs,
que isto seria verdade.
Frio, nem uma manta,
Nada para me tapar,
Nua e com uma tampa,
Para coleccionar.
Vazio, nem uma pessoa,
Sozinha no mundo,
Nada mais em Lisboa,
Estou tocando no fundo.
Silêncio, nem um ruído,
A música já não se faz ouvir,
Um sentimento perdido,
Sou forçada a desistir.
Espelho, nem um reflexo,
Sou invisível, ninguém me vê
Contigo foi o nexo,
E não me apercebi porquê.
Nada, nem um movimento,
Nem um som,
Nem sequer um tormento,
Nada de bom.
Da janela da minha sala,
Vejo a inutilidade destes meses,
Um fim que a minha voz cala,
Para ser mais uma entre os portugueses.
2 comentários:
Adoro Leonor, ta mesmo bem!! bjs nadi
dos melhores
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