23 de fevereiro de 2012

Fugaz e explicito

A noite tardou a passar,
O desespero aumentava,
A solidão era a única que cá andava,
E o meu ser sozinho ao luar.

Desisti de procurar
E fechei as portas à esperança,
Felizmente ficou a herança,
Que semeei ao arfar.

De onde veio?
Como me encontrou?
Respostas eu anseio,
Porque a curiosidade ele contagiou.

Não quero saltar antes de tempo,
Não quero engolir agua,
Mas ao sentir este vento,
Consigo cuspir a minha mágoa.

É uma amarra,
Um cabo pronto a agarrar-me,
É a ressaca depois da farra,
É alguém pronto para amar-me.

O medo fugiu,
A liberdade não teme nada,
A tristeza afogou-se no rio,
A nostalgia foi morta com uma enxada.

Tudo é bom até deixar de ser,
Mas enquanto durar, quero viver,
Quero sorrir, quero ter,
Quero voar e não me quero arrepender.

1 comentário:

Mary disse...

Gosto imeeeeeensoo!! Nice work pt! ;)