Acordo com o sol congelado,
Abraço o chiado e a baixa,
Bairro alto testemunha do pecado,
A noite de ontem fechada numa caixa.
É um novo dia, estou feliz,
O silêncio venda me os olhos.
No ar paira um perfume a anis,
De uma mulher com saia de folhes.
Sinto a calma, a serenidade.
O cenário está diferente,
Na minha alma a tranquilidade:
De culpada passei a inocente.
Lisboa vestida e perfumada,
Da as boas vindas a quem chega,
Cá vem ela toda aperaltada,
Aproveitando qualquer achega.
Pois em tempos de crise uma mão é um sol,
E banhados de dor e de melancolia,
Problemas de coração ou de colesterol,
Fazemos história com poesia!
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