31 de agosto de 2011

Irmã/Solidão

Tenho me sentido sozinha, essa é a verdade. Sinto me desprotegida, sinto me indefesa e impotente. Vivo praticamente sozinha visto que na maioria das vezes tenho a casa só para mim, e se ela não se encontra vazia, é preenchida pela minha mãe. Mas só o quarto dela é que é preenchido. Gosto de ter o meu espaço, não julgo ninguém por me encontrar assim tão só. Tenho alternativas para combater a minha situação, pois esta situação fui eu que a criei, não foi mais ninguém. Mas a verdade é que muitas vezes desejo arduamente uma mão, ou um ombro. Rejeito a inexistência de uma irmã mais velha. Porque muitas vezes tudo o que preciso é de chorar encostada a alguém. Gostava de ter esse apoio, preciso dessa ponte para continuar o meu caminho. Deduzo que seja daí que vem a minha excessiva admiração por certas pessoas. Porque elas me transmitem algo de incrível e me fazem sonhar com essa figura: com uma irmã. Analiso a minha vida e vejo um total livro aberto. Não há filtro, conto tudo a quem penso confiar por ver nessa pessoa uma irmandade forte e segura. Claro que mais tarde ela revela ter sido superficial, frágil e talvez perigosa. Mas a imagem permanece por bastante tempo até o alimento que lhe dou deixar de ser suficiente. Quando isso acontece há que saber abandonar e começar outro capitulo. Mas o sonho é sempre tão real que confundo-o muitas vezes com a realidade. Ando tão triste, de onde vem tanta tristeza? Por onde entrou tanta solidão?

Sem comentários: