10 de julho de 2011

Andres Haffner.

É tão triste quando o destino separa as vidas... O destino traz e leva as pessoas, dá nos o tempo suficiente para nos prendermos a elas e depois quando já estamos suficientemente agarradas, leva-as para longe. E assim ficamos, sós, desprotegidos, cobertos de saudades. É esta a regra e raramente é contrariada. É que sinceramente, por quantas despedidas eu ainda vou ter de passar? já chega! Foram se embora demasiadas pessoas nos últimos anos. Quero estabilidade. Quero saber que sempre que eu precisar tenho amigos que venham a correr para me dar um abraço. Quero sentir e não só saber. Por uma vez eu quero o concreto, o físico, aquilo que sempre desprezei. Porque o abstracto é frágil, facilmente se apaga, facilmente se perde.
As minha mãos cheiram a cebola. Hoje estive a picar cebola. E temi esse momento pois sabia que bastava uma lágrima para fazer desaguar um rio imenso. E assim foi, mal a faca entrou em contacto com a cebola, dei por mim num estado que nem a cebola pôde justificar.
Desprezamos a rotina e todo o seu cenário, e é quando perdemos qualquer coisa que lhe damos valor e que lamentamos não lhe termos dado mais atenção anteriormente. Mas sabemos que não havia muito mais a fazer pois apesar de muitos dos momentos terem sido passados inconscientemente, formaram uma amizade sólida, construída com bons materiais e feita para durar.

E é isso que eu sinto Andres, sinto que não nos vais esquecer, tal como nós. Porque tu passaste na nossa vida tão discretamente. E nós vimos te crescer tal como tu nos viste a nós. Partilhei durante dois anos uma rotina contigo e nunca me vou esquecer de ti na decoração. Espero que sejas feliz na tua vida, espero que um dia ganhes forças para combater a tua mãe e ganhar a liberdade que mereces pois tu és uma grande pessoa e sei que vais ser alguém de importante no futuro.
Arrependo-me de uma coisa Andres, arrependo me de não te ter dado um abraço maior ontem quando nos despedimos.

3 comentários:

Anónimo disse...

As saudades já apertam mesmo...adorei o texto tambem me arrependo de nao lhe ter dado um abraço do tamanho do mundo mas nao estive com ele...enfim ansiamos agosto

Anónimo disse...

muito obrigado leonor por este magnifico texto que me toco ao coraçao :) vou tambem ter muitas saudades tuas léo

Anónimo disse...

muito obrigado leonor por este magnifico texto que me toco ao coraçao :) vou tambem ter muitas saudades tuas léo