23 de junho de 2014

Eterno desencontro. Quando havia tempo, não havia amor, agora que não há tempo é que há amor. Para quê isto tudo? Eu partirei, tu partirás, e o que vivemos será guardado aleatoriamente numa das gavetas desta velha cómoda. Então escrevo, que mais fazer para imortalizar o momento? Ele que fique preso a esta página, para um dia o reler, e levar-me de volta a este ponto de imensa felicidade.
Devolveste-me a vontade, a fome, a esperança, fazendo-me sentir desejada e capaz de tudo alcançar. Estás a ver? Tudo volta se assim o desejares. Bem que podias ter voltado para ficar, mas quem sabe o que o futuro nos reserva, quem sabe se um dia, noutro continente, não nos voltaremos a encontrar, com o tempo à nossa disposição, tempo para nos amarmos.
Continuo a imaginar-te nua na praia, à chuva, a rir, a correr, a fazer rodar a minha cabeça, a dar-me asas para atingir o infinito. És aquela que me leva a procurar uma vida alternativa, num barco, numa cabana, numa tenda, longe do mundo, longe daquilo que é vão, longe dos homens e dos seus artifícios.

 Obrigada por seres sol, por teres secado as minhas lágrimas, por me teres aquecido e acendido, por me mostrares as cores à minha volta, por dares brilho ao que me rodeia, e me fazeres sorrir, sentir, e viver! 

Para sempre tua,

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