25 de janeiro de 2014

Agora sóbria. 

Um mês depois de começarmos esta jornada, achei que já tinha atingido o apogeu da nossa relação, achei que a partir dai seria sempre a descer, todavia, todos os dias continuei a subir, como se o céu não fosse o limite, provando que a vida é surpreendente, e que às vezes, podemos achar que não há mais nada, mas haverá sempre algo. Algo melhor.

Foi simplesmente apaixonante. não me lembro de ter provado tanta felicidade. Fiz escolhas erradas, fi-las por ti, porque te pus sempre em primeiro plano, porque dei a minha vida para que a tua fosse mais fácil. Se me arrependo? Não. Tudo acaba, todos cantam o mesmo, mas pelo menos eu dei tudo para que não acontecesse, e se não foi suficiente, foi porque fui a única a dar. Prefiro perder tudo o que tenho, do que perder o momento certo, aquele em que devíamos ter feito mais. 
Tens razão, degradei-me, destruí-me, e tu não ficaste. Como se eu fosse cega ao ponto de não ver os defeitos que tu também tens. Como se viver com eles fosse fácil. Como se fosses tu a gaja nua do quadro do Magritte! Sempre soube que um dia não ias voltar, e foi por isso que todos os dias abri os braços para te cumprimentar, e me despedi como se fosse a ultima vez.

Talvez um dia, quando já ninguém disser que és linda, te lembres daquela maluca que realmente te achava linda, e talvez essa maluca encontre alguém que lhe diga todos os dias que é linda, mas provavelmente, e muito provavelmente, nunca será essa pessoa que a fará feliz.

(silêncio)

Quem sabe...

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