Quem sou eu,
Se não a sombra daquilo que penso ser,
Uma fonte de egotismo sem espelho,
Uma migalha daquilo que fora,
Antes de ti...
Passei tanto tempo mergulhada em mim,
Vendo-te através da turva água,
Imóvel diante da piscina.
Guardo uma imagem desfocada,
De um ser inatingível...
E eu impotente dentro de água,
Asfixiando em incertezas,
Usando o pouco oxigénio para gritar,
Para te chamar. Mas em vão,
Estavas muito longe, ainda que te visse...
Não olhaste para mim;
Eu era apenas uma mancha preta,
Num fundo azul,
Uma alma presa num corpo já morto,
Sem forma, sem esperança, sem nada...
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