10 de janeiro de 2012

Leva-me contigo

Fui o sol da tua vida, fui o mar onde durante tantos dias nadaste, fui acima de tudo o perfume que respiraste, fui o teu alimento, fui a tua paisagem. Passou tempo suficiente para te teres esquecido, passou tempo suficiente para me voltares a amar. Não estou a olhar para trás, estou a olhar para o futuro. Acredito que é possível pois eu estou a lutar honestamente. Não vou correr, vou andar. Um passo de cada vez. O passado já está demasiado desactualizado mas o futuro, esse está indefinido. Vou manchá-lo com o meu sangue, vou escrever o meu nome nele. O meu gesto é saudável, é genuíno, e puro. Não quero mais ilusões e filmes. Quero certezas, quero provas mas quero também (inconscientemente) motivos para te odiar. Foste quem mais amei mas como sabes o amor e o ódio estão tão próximos como a paixão e o amor. Desta vez não te vou agarrar, vou me entregar a ti, vou pôr tudo nas tuas mãos. Vou pôr o riso, a felicidade e o abraço nos teus braços. Vou me deixar levar, e quem conduz, desta vez, és tu. Porque eu amo-te e enquanto tu não me amares, o nosso carro não vai andar. Por isso entra, aperta o cinto e leva-me contigo, para longe, bem longe dos humanos, bem longe da impureza deste mundo.

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