Ontem um raio de luz entrou pelas minhas persianas como há muito que não acontecia. Foi um banho de esperança, na altura em que estava mais desmoralizada. Vi-o a Oeste e agora sei para onde ir, sei como, e sei porquê. Porque eu amo-o como nunca o amei. Ele foi o sol da minha vida que tão rapidamente se eclipsou e os meus dias perderam a cor e a luz.
Agora é preciso trabalhar, mas sei que o trabalho, tem de ser constante e árduo, porque o progresso não chegará sempre muito nítido e não haverá espaço para crises e delírios impertinentes. É questão de dar tempo ao tempo, tempo para uma mente mudar, tempo para o regresso de um hábito desaparecido entre lágrimas e desilusões.
Foi bom relembrar que o mundo é a cores e que a beleza o habita. Foi bom adormecer como há muito que não adormecia, com a alma cheia, cheia de sonhos, cheia de esperança.
Nem por um dia eu me esqueci dele. Nem por um dia eu o substitui do fundo da minha alma, do poço do meu sofrimento. Ele não sabe o quanto esteve presente em mim durante um ano inteiro, não sabe quantas vezes é que nos confrontámos, com uma intensidade inimaginavel. E so de pensar que ao fim de quatro meses eu já rejeitava tão fortemente o facto dele não sair da minha mente... E com isso passaram quatro meses e mais quatro... Já atingi todas as fases, e já repeti muitas delas. Já experimentei todos os beijos mas nenhum superou a eloquência da sua boca.
Estou pronta para mais um ano, para mais desilusões e para mais dor. Porque a dor traz o bem. O mundo é incrível! O mundo e a vida são um jogo complexo e paradoxal, mas cada um tem o seu objectivo, o meu é de amá-lo para o resto da minha vida.
1 comentário:
bem, tas em altas oh leonor, gostei
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