1 de outubro de 2011

Esperança

Ontem um raio de luz entrou pelas minhas persianas como há muito que não acontecia. Foi um banho de esperança, na altura em que estava mais desmoralizada. Vi-o a Oeste e agora sei para onde ir, sei como, e sei porquê. Porque eu amo-o como nunca o amei. Ele foi o sol da minha vida que tão rapidamente se eclipsou e os meus dias perderam a cor e a luz.
Agora é preciso trabalhar, mas sei que o trabalho, tem de ser constante e árduo, porque o progresso não chegará sempre muito nítido e não haverá espaço para crises e delírios impertinentes. É questão de dar tempo ao tempo, tempo para uma mente mudar, tempo para o regresso de um hábito desaparecido entre lágrimas e desilusões.
Foi bom relembrar que o mundo é a cores e que a beleza o habita. Foi bom adormecer como há muito que não adormecia, com a alma cheia, cheia de sonhos, cheia de esperança.
Nem por um dia eu me esqueci dele. Nem por um dia eu o substitui do fundo da minha alma, do poço do meu sofrimento. Ele não sabe o quanto esteve presente em mim durante um ano inteiro, não sabe quantas vezes é que nos confrontámos, com uma intensidade inimaginavel. E so de pensar que ao fim de quatro meses eu já rejeitava tão fortemente o facto dele não sair da minha mente... E com isso passaram quatro meses e mais quatro... Já atingi todas as fases, e já repeti muitas delas. Já experimentei todos os beijos mas nenhum superou a eloquência da sua boca.
Estou pronta para mais um ano, para mais desilusões e para mais dor. Porque a dor traz o bem. O mundo é incrível! O mundo e a vida são um jogo complexo e paradoxal, mas cada um tem o seu objectivo, o meu é de amá-lo para o resto da minha vida.

1 comentário:

nadine disse...

bem, tas em altas oh leonor, gostei